25/06/2011 17:14
A Arte na Mesopotâmia
Teocrática e absolutista, a civilização mesopotâmica produziu manifestações artísticas subordinadas aos interesses do estado e da religião, o que não impediu a criação de formas expressivas de grande originalidade e valor estético. A arte mesopotâmica compreende as obras artísticas das diversas culturas que, na antiguidade, se desenvolveram na região situada entre os rios Tigre e Eufrates. Os primeiros vestígios de populações estáveis foram encontrados na região norte e datam de meados do sexto milênio antes da era cristã, na transição entre o neolítico e o calcolítico. Essas comunidades foram denominadas de acordo com a localização dos sítios arqueológicos: Hassuna, Hassuna-Samarra e Halaf. A cerâmica produzida por essas populações é decorada com desenhos geométricos adaptados à forma dos vasos com notável habilidade. No delta formado pelos dois rios, a fase pré-histórica mais antiga recebe o nome de Obeid I. Acredita-se que o povo sumério tenha surgido dos primitivos povoadores, mas a hipótese não foi comprovada. A presença dos sumérios só é corroborada com provas a partir de aproximadamente 3100 a.C., com a invenção da escrita.
História
A Mesopotâmia é considerada um dos berços da civilização, já que foi na Baixa Mesopotâmia onde surgiram as primeiras civilizações por volta do VI milênio a.C. As primeiras cidades foram o resultado culminante de uma sedentarização da população e de uma revolução agrícola, que se originou durante a Revolução Neolítica. O homem deixava de ser um coletor que dependia da caça e dos recursos naturais oferecidos, uma nova forma de domínio do ambiente é uma das causas possíveis da eclosão urbana na Mesopotâmia.
Povos
Cultura
Artes
· A
Arquitetura. A mais desenvolvida das artes , porém não era tão notável quanto a egípcia. Caracterizou-se pelo exibicionismo e pelo luxo. Construíram templos e palácios, que eram considerados cópias dos existentes nos céus, de tijolos, por ser escassa a pedra na região;. O zigurate, torre piramidial, de base retangular, composto de vários pisos superpostos, formadas por sucessivos andares, cada um menor que o anterior. Construção característica das cidades-estados sumerianos. Nas construções, empregavam argilas, ladrilhos e tijolos. Provavelmente só os sacerdotes tinham acesso à torre, que tanto podia ser um santuário, como um local de observações astrônomicas.
As muralhas construidas por Nabucodonosor eram tão largas, que sobre elas realizavam-se corridas de carros. Mais famosas foi as portas, cada uma dedicada a uma divindades e ornamentadas com grandes figuras em relevo. O caminho das procissões e a porta azul de Ishatar(deusa do amor e da fertilidade) eram decorados com figuras em cerâmicas esmaltada. A porta encontra-se no Museu de Berlim, mas suas cores desaparecem.
Um dos raros testemunhos da pintura mesopotâmica foi encontrados no Pálacio de Mari, descoberto entre 1933 e 1955. Embora as tintas utilizadas fossem extremamente vulneráveis ao tempo, nos poucos fragmentos que restaram é possível perceber o seu brilho e vivacidade. Seus artistas possuíam uma técnica talvez superior à que lhes era permitido demonstrar.
"Leis da frontalidade"
Como era preciso colocar figuras tridimensionais, em uma superficíe bidimensional, a imagem sofria um rígido processo de distorção: onde a cabeça, pernas e pés eram representados de perfil e o busto de frente.
Música e dança
Quando os fiéis estavam reunidos, cantavam hinos em louvor dos deuses, com acompanhamento de música. Esses hinos começavam muitas vezes, pelas expressões: " Glória, louvor tal deus; quero cantar os louvores de tal deus", seguindo a enumeração de suas qualidades, de socorro que dele pode esperar o fiel.
O canto também tinha ligações com a
magia.
Há cantos a favor ou contra um nascimento feliz, cantos de amor, de ódio, de guerra, cantos de caça, de evocação dos mortos, cantos para favorecer, entre os viajantes, o estado de
transe.